domingo, 14 de julho de 2013

Caricatura ao Porteiro

Lá está ele a controlar quem sai e quem entra na escola. Este porteiro não podia ser mais conhecido por ser tão insistente e tão esquecido dos alunos que frequentam este espaço. O engraçado é que só se esquece do que quer, quando lhe apetece lá vai aos confins da sua memória deserta para se lembrar que não temos levado o cartão ultimamente.
Para além de ser reconhecido pela sua atitude arrogante, também o seu aspeto permite identificá-lo quase automaticamente. É barrigudo como o Pai Natal mas não é amável como este, o seu nariz lembra-me um tubérculo avermelhado pelo sol. A sua atitude altiva e imponente contrasta com a sua baixa estatura, tanto que para o podermos encontrar no meio do rebanho de alunos que entram e saem constantemente do recinto escolar, ele sente a necessidade de se posicionar estrategicamente sobre um pequeno muro que se encontra perto do portão.
É curioso porque o seu nome e a sua forma de se apresentar, com vestimentas de tons monótonos e claros lembram-me um pelicano resmungão. Esta é uma personagem particular e inesquecível da escola, tenho quase a certeza que todos os alunos desde o primeiro dia de aulas se lembram do seu nome, Pelicardo

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O homem da Besta

Um dia, enquanto passeava com destino desconhecido, descobri este ser entusiasmante. Transportava uma carga pesada capaz de o engolir, era monstruosa e escura com uns detalhes verdes que mal se notavam por serem tão escuros como o resto do corpo.
Este indivíduo fazia esforços para a carregar, e empurrava-a com tanto vigor que quando subia ,a rua que eu descia, transpirava esse desespero, não reparei na cara pois ele não tirava os olhos da criatura e achei mais interessante o traje que ele trazia vestido. Ele ajustava-se à carga e ao mesmo tempo fazia contraste, a roupa não era escura mas era verde como os detalhes da sua sócia; havia ali uma certa harmonia.
Enquanto ele subia, ia com paciência, fazendo umas paragens para alimentar a besta, este ser dominado saciava-a com restos da sociedade que vagueavam pelo chão. No entanto, não o fazia com gosto, reparava-se que cada vez que se baixava para apanhar o alimento da companheira soltava um suspiro cansado; resmungava com as folhas, os pacotes de batata frita, os papeis e até com as inocentes migalhas.


Mais tarde compreendi o seu descontentamento, ele não se importava que a sócia fosse pesada e que a tivesse que a alimentar com tudo o que encontrava, o que o incomodava eram as pessoas que não tinham respeito pela casa de todos e abandonavam tudo o que perde-se interesse no chão. Estas ignoravam-o dizendo que se tratava de apenas mais um homem do lixo.


domingo, 5 de maio de 2013

Suicídio




Todos dizem que ninguém tem o direito de tirar a vida nem a própria vida. Mas e se alguém já estiver morto espiritualmente  Quero dizer, imaginemos um indivíduo que apenas continua vivo não por inclinação ou por amor à vida mas sim que sente que é esse o seu dever. Será que o esforço não o destrói mais?

É verdade que a situação em que nos encontramos até pode melhorar, mas e se não melhorar? Devemos estar à espera de um futuro que não existe? É preciso ser realista, às vezes as coisas simplesmente não melhoram, por isso não devíamos viver para o futuro mas sim para o presente, porque é esse que nos faz sentir.

O ser humano vive para o prazer, o seu objetivo é a felicidade, e como todos sabemos essa só é possível sentir no momento, podemos recordar mas não dá para sentir porque as emoções já passaram. Então, se no momento em que o indivíduo existe existir uma total ausência de felicidade e tiver conhecimento que tal coisa não aparecerá em breve, porque terá ele o dever de fingir uma vontade que não tem?

Eu acredito que se o indivíduo já não se sente capacitado para aguentar a pressão do mundo, sociedade, rotina, amizades e tudo o que lhe rodeia, não devia ser julgado por desejar a morte. Talvez por a minha inclinação ser essa, a minha crença esteja influenciada, mas compreendam que viver para agradar os outros, os amigos e a família, não é viver. O ser humano é um conjunto pensamentos, emoções e sensações, o corpo é apenas algo que carrega o nosso conteúdo. As pessoas preocupam-se mais com o que é físico, mas se apenas existir isso, então não passamos de um pedaço de carne ambulante consumido pela escuridão.

sábado, 13 de abril de 2013

O Adeus às Armas - Ernest Hemingway



Foi difícil sentir prazer ao ler este livro, não porque a escrita ou a história fosse complicada mas sim porque criei um grande distanciamento com a personagem principal. Embora se siga a história pela perspetiva de Henry as suas atitudes tornam-no, na minha opinião, desprezável. Ele é desde o início egoísta e egocêntrico, pensando apenas nos seus desejos e na realização deles mesmos, custe o que custar. Esta personagem apenas serve de exemplo para fazer uma crítica aos vícios e ao ócio da sociedade, sendo bastante atual em alguns aspetos.
Tendo em conta o facto de ser um livro quase autobiográfico, e havendo um paralelismo entre o autor e a personagem, questiono-me se existirá algum sentimento de culpa pelas suas experiências e atitudes que o levam a pensar nesta personagem que pouca empatia cria com os leitores.
Em relação à estrutura do livro, fiquei bastante agradada pois, tal como me disseram, foi bastante clara. Isto é, conseguimos perceber que em cada capítulo ocorre uma ação diferente ou se fala sobre um determinado assunto inserindo uma nova informação. No entanto, verifiquei que existiam partes mais subjetivas que me deixavam na dúvida, dúvida esta que só era esclarecida capítulos mais tarde.
Outros aspetos positivos a destacar são a descrição que é feita sobre a I Guerra Mundial, onde o autor é muito frontal e quase que nos sentimosintegrados no conflito. Para além disso, podemos dizer que o seu tom realista se revela, nomeadamente, na forma verosímil como as personagens pensam. Face a um mar de ideias misturadas, o autor não tenta compô-las; mas antes as expressa tal como surgem no pensamento da personagem, tal como esta as pensa, através, por exemplo, de dúvidas, interrogações ou pausas.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Gifs e Facebook

Com as férias negligenciei um pouco o computador e as redes sociais, por isso quando me atualizei não pude deixar de reparar que a página inicial do facebook estava cheia de meninas irritantes e fúteis a postar gifs ainda mais irritantes e fúteis. É uma moda em que estas raparigas passam o dia no facebook a postar excessivamente gifs estúpidos com o objetivo de ter muitos gostos, e como é de esperar há pessoas ainda mais tolas que as acham fixes por perderem a vida a encontrarem gifs estapafúrdios.
É possível que as pessoas que postam estes gifs tenham influenciado o meu desagrado porque para ser sincera existem uns que são até bastante engraçados e capazes de nos dar uma boa gargalhada. umamigo-imaginario.funny.

domingo, 24 de março de 2013

Disturbing Behavior and Gavin Strick




Eu não sei se já viram Comportamento Perturbado. porque se já espero que concordem comigo quando digo que o Gavin é lindoo *-*
Eu não sei explicar mas há qualquer coisa no seu ar delinquente, rebelde, rejeitado e frágil que me faz despertar uma paixoneta por aquela personagem.
O filme saiu 1998 e não posso dizer que o ator Nick Stahl continue jovem, por isso a minha paixoneta fica só pelo Gavin Strick :)




é tão sexy :3



terça-feira, 19 de março de 2013

Say good bye


Sometimes I feel like i should say good bye forever, and ever.

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Estou calada e calma ao contrário do que é habitual, já nada me faz vontade de rir. Ficou tudo tão aborrecido e depressivo.Parece que não vejo bem, que as cores desapareceram e o mundo à minha volta está agora claro e enevoado. Perdi a paciência para tudo, e tudo me irrita.
O que me apetece? dizer adeus e não falar com ninguém pelo menos durante uma semana.